Trombolfilia e Gravidez

 

Essa trombose pode ocorrer nos vasos da placenta, causando riscos para o bebê, ou em vasos da mãe, causando riscos para a ela.

As trombofilias podem ter origem hereditária ou adquirida. Nas trombofilias hereditárias ocorrem mutações ou deficiências na produção dos fatores de coagulação. Nos casos de trombofilias adquiridas, a obesidade, o tabagismo, o diabetes, a pressão alta e mesmo o uso de anticoncepcionais são tidos como fatores de risco.

Tipos de trombofilia:

  • Deficiência de antitrombina III
  • Mutação do Fator V de Leiden
  • Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide(SAAF)
  • Mutação do gene da protrombina
  • Deficiência de proteína C e S
  • Mutação da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR)
  • Hiper homocisteinemia

Em geral, a trombofilia é assintomática, dificultando o seu diagnóstico. infelizmente, esse tipo de doença não é detectado em exames de sangue corriqueiros, apenas em específicos, que são solicitados pelo médico quando há história familiar de trombose ou abortos repetidos.

Quando está gravida, a mulher naturalmente fica em um estado de hipercoagulabilidade, o que significa uma maior chance de produzir trombos que podem obstruir vasos da placenta, ocasionando abortos precoces de repetição, óbito fetal, descolamento prematuro de placenta, eclâmpsia precoce, entre outros. Da mesma forma, podem surgir trombos em vasos das pernas, braços, abdôme ou cérebro da mãe, com risco de embolia pulmonar (quando um coagulo se solta e vai parar no pulmão, impedindo a respiração adequada).

Por causa desse perfil silencioso, muitas mulheres portadoras de trombofilia descobrem a doença apenas após alguma complicação na gestação. Devemos lembrar que nem todas as paciente portadora de alguma trombofilia vão desenvolver complicações na gestação (menos que 4%).

Quando uma paciente informa ter antecedentes familiares positivos para trombose ou história de trombose com uso de anticoncepcional, trombofilias devem ser pesquisadas. Da mesma forma, se houver história de abortamentos, pré-eclâmpsia ou restrição de crecimento intra-uterino, temos que pensar em trombofilia.

Tratamento da trombofilia

Depois de uma complexa investigação laboratorial, o diagnóstico de trombofilia é feito. O tratamento deverá ser iniciado para prevenir as complicações. Medicações como o ácido acetilsalicílico (AAS), anticoagulantes como heparina e suplementação de ácido fólico poderão ser utilizados para evitar a formação de novos trombos e impedir a propagação dos trombos que porventura estejam formados. Se o tratamento for conduzido adequaduadamente, há grande chance de que tudo dê certo.

Trombofilia e o parto

A presença de trombofilia não é uma indicação absoluta de realização de parto cesárea, mas em algumas situações o parto pode ser programado para quando o bebê atinja a maturidade fetal (antes de 37 semanas), afim de se evitar complicações do final da gravidez.

Importante lembrarmos que os medicamentos que interferem na coagulação devem ser interrompidos antes do parto, seja ele normal ou cesárea. O tratamento deverá ser retomado e mantido inclusive no período pós-parto para prevenir tromboses na mãe. A amamentação é liberada, devendo ser mantida e sempre incentivada.


 

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